Museu Ambiência Casa de Pedra, em Caxias

Postado por: Amanda Menger

O terceiro ponto turístico mais conhecido de Caxias, no Rio Grande do Sul, é o Museu Ambiência Casa de Pedra. Passamos em frente ao museu quando estávamos indo para o Parque de Exposições da Festa da Uva, e não entramos porque nas segundas-feiras o museu é fechado (isso é prática em vários lugares, porque o museu abre no domingo).
Voltei lá na quarta-feira porque queria ver como era por dentro. O museu segue a linha temática e é uma verdadeira volta no tempo. O foco são os objetos utilizados pelos primeiros imigrantes. O museu é feito com base na história material. Isso significa mostrar que os objetos também têm história e ajudam a contar a história de quem os utilizava. Eu acho fantástica esta área da História, como historiografia mesmo, porque entendo que os objetos materializam, efetivamente, as mudanças e as permanências históricas.

A casa em si é pequena, mas muito charmosa. São três cômodos. Uma sala, uma cozinha e um quarto. A construção é do século 19, e foi feita inicialmente para servir de comércio, pois a casa da família era de madeira, do outro lado da rua. Na verdade, a casa passou por três famílias até que foi comprada na década de 1970 pela prefeitura e transformada em um museu.

O lugar foi usado como residência, mas principalmente como comércio. Foi, inclusive, um açougue. Uma coisa interessante é que tem um parreiral no pátio, mas isso não existia antes, porque no lugar era uma casa de madeira de três pavimentos. Como é muito difícil conservar casas de madeira por muito tempo, o município demoliu a construção e foram plantadas no lugar as uvas, como uma forma de lembrar um dos principais produtos do município.
Na parte da cozinha, há muitas panelas de barro e de ferro de formatos variados, especialmente tachos e caldeirões. Isso porque no início os imigrantes não tinham condições de fazer muitas peças, então era preciso uma que pudesse ser usada para tudo. Há um fogão de pedras, um forno, muitos utensílios, uma máquina de massa (era preciso duas pessoas para usar os rolos), e uma batedeira rudimentar.

Na sala, há menos objetos porque é também a entrada do museu. Uma estreita escada leva ao quarto. No local há duas camas, um guarda-roupa com algumas peças de vestuário e vários calçados (eram chinelos, muitos feitos com couro e a sola de madeira), também há um berço e alguns brinquedos, como bonecas de pano e uma bola de tecido, outra boneca feita com sabugo de milho e um carrinho toscamente feito com pedaços de madeira.

Uma das coisas que me chamou a atenção, porque eu desconhecia, é que as camas eram menores que as de hoje. Isso eu já sabia, porque na casa da minha avó paterna também era assim (mesmo sendo de imigrantes alemães). O que eu não sabia era por quê. Eu achava que era assim porque eles não eram muito grandes (rs, rs,). Na real, era porque eles dormiam reclinados. Eles eram muito religiosos e achavam que só quem dormia esticado eram os mortos.


Serviço
A visita à Casa de Pedra é rápida. Se for incluir esta atração no roteiro reserve uma hora, talvez leve um pouco menos. O local abre de terça a domingo, das 9h às 17h, não fecha ao meio-dia. A visita é guiada, há um jovem explicando sobre a história da casa e as funções dos objetos. A entrada é gratuita.

Fotos: Destino Mundo Afora



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1 comentários

  1. Suzan Roberta disse:

    Muito bacana! heheheh

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