Ecorafting radical no rio Cubatão do Sul, em Santo Amaro da Imperatriz
Postado por: Tatiana DornellesAdoro aventura: já fiz rapel, tirolesa, falsa baiana, andei em brinquedos bem radicais em parques temáticos, mas descer em corredeiras em botes infláveis – e com equipamentos de segurança, claro – era algo que nunca havia pensado na possibilidade. Resultado: me apaixonei e quero praticar rafting de novo e de novo e de novo… Tive essa experiência durante a presstrip na Grande Florianópolis, a convite do Sebrae/SC, e a atividade fazia parte da programação do projeto Santa Catarina em todos os Sentidos – Turismo de Experiência.
Chegamos na base de operações da Apuama Rafting, em Santo Amaro da Imperatriz, no período vespertino e tivemos uma breve explanação sobre a Serra do Tabuleiro, parque estadual onde a empresa está inserida e que abrange ainda os municípios de Florianópolis, Palhoça, Águas Mornas, São Bonifácio, São Martinho, Imaruí e Paulo Lopes. Além de conhecer um pouquinho sobre a fauna e flora, foi explicado sobre as atividades oferecidas pela empresa, como rapel, arvorismo, trilhas e voos livres. Dentro do projeto de turismo de experiência, a modalidade que praticamos foi o Ecorafting radical, pelo rio Cubatão do Sul, que promove uma interação com a natureza.
Antes de irmos para a aventura, confeccionamos “munições” de barro e sementes de árvores nativas (abaixo conto por quê), assinamos o termo de responsabilidade e fomos nos equipar com roupa de neoprene, capacete e colete salva-vidas (nossa, muita coisa numa pessoa só! hehehe). Em seguida, entramos na Kombi e seguimos rumo à margem do rio Cubatão do Sul.
Tivemos uma breve orientação de como proceder durante o rafting – em caso de queda do bote, salvamento, palavras de comando… – e um aquecimento (muito importante), já que a atividade é quase uma academia completa.
Foi cerca de 1h30 remando em cinco quilômetros descendo corredeiras e fazendo nosso grito de guerra (1,2,3… Apuama!). A primeira descida foi a maior e mais emocionante e não tem como descrever a sensação de liberdade e contato com a natureza que a atividade é capaz de proporcionar. Em dois momentos, para dar ainda mais emoção, nosso bote ficou trancado entre as pedras. Na primeira, nosso condutor conseguiu empurrar, mas na segunda vez tivemos que ser “resgatados” pela outra equipe. Depois de tirar o bote das pedras, voltamos à navegação.
Em outro momento, já em águas calmas, aproveitamos para tomar aquele banho de rio. Foi maravilhoso e revigorante. Depois, arremessamos as munições confeccionadas com estilingue, como forma de contribuir para a reparação da mata ciliar. Elas eram arremessadas do interior do bote em direção às margens do rio e a atividade virou até uma certa disputa de quem mandava melhor…
O legal é que o rafting radical pode ser praticado por qualquer pessoa com idade acima de oito anos e a gradação das corredeiras são das classes III e IV. Para praticar, é ideal levar roupas adequadas para molhar, como malha, short, legging ou roupa de borracha; calçado fechado é obrigatório, logo um tênis velho ou sandália papete são adequados (o local dispõe de alguns itens sob solicitação); repelente, protetor solar e boné também são adequados, mas não podem ser levados durante o rafting, assim como câmeras fotográficas e outros equipamentos eletrônicos, já que podem cair na água. A empresa, inclusive, faz imagens e vídeos para quem quiser guardar o momento como recordação.
Ao término do rafting, ainda fomos recepcionados por um café maravilhoso. Isso sem contar que eu, sim, ganhei o concurso do nome da Kombi, que foi batizada como Magnólia. O prêmio era uma camiseta bem legal! A experiência foi maravilhosa, indescritível e com certeza, um dia, pretendo praticar rafting novamente.