Museu Histórico de Londrina
Postado por: Tatiana DornellesBem diferente dos livros, conhecer a história do café de pertinho é possível (sim!) no Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss. A atração, que faz parte da Rota do Café, tem tudo sobre a história do desenvolvimento do café no norte paranaense. E o blog esteve por lá para uma presstrip, a convite do Sebrae/PR.
Desde 10 de dezembro de 1986, o museu ocupa o prédio da antiga Estação Ferroviária de Londrina, que por suas linhas arquitetônicas constitui-se em marco histórico da origem inglesa da colonização da cidade e do norte novo do Paraná.
O museu é grande, completo e tem três setores bem específicos: o de imagem e som, de objetos e de biblioteca e documentação. Além da entrada gratuita, o local conta com guia para mostrar e explicar sobre os momentos históricos da cidade e região.
Logo na entrada, há a locomotiva Baldwin, de julho de 1910, que foi totalmente restaurada para alegria dos turistas (rende muitas fotografias)… Aliás, também conseguimos entrar no trem e percorrer os corredores até as cabines com cama, fogão a lenha e a área para passageiros.
Dentro do museu, percorremos os setores. Logo que entramos, algo me chamou a atenção: lenços e distintivos do Movimento Escoteiro no Brasil e no mundo estão expostos para que as pessoas possam conhecer um pouco do escotismo – Sempre Alerta!
Ao percorrer o setor de objetos do museu, é como se fôssemos transportados para o passado. O setor é composto por coleções das mais variadas categorias de objetos e materiais representativos do cotidiano dos cidadãos londrinenses e da região, desde os primeiros colonizadores. E, por isso, os cenários são montados de acordo com cada momento histórico e com os mínimos e ricos detalhes de como era em cada período. Realmente, é incrível!
Já no setor de imagem e som, denominado Eugênio Brugin, há cerca de 50 mil peças, entre fotografias, álbuns, negativos de vidro e flexíveis, slides, filmes de 16mm e 35mm, quadros, discos, depoimentos gravados de pioneiros de diversas profissões em fitas k-7 e vídeo. Um retorno ao passado da comunicação, pelo qual também me apaixonei.
A maioria das coleções fotográficas do acervo, inclusive, foram produzidas a partir do fim da década de 1920.
Destacam-se as coleções de José Juliani, fotógrafo oficial da Companhia de Terras Norte do Paraná, que registrou o desenvolvimento de Londrina e região nas décadas de 1930 a 1960; coleção de George Craig Smith, integrante da Primeira Caravana que chegou em Londrina em agosto de 1929 e registrou as primeiras imagens no Patrimônio Três Bôcas, que deu origem à cidade; e a coleção de filmes de 16mm do pioneiro Hikoma Udihara que documentou a cidade de Londrina e região nas décadas de 1940, 1950 e 1960.
Por sua vez, o setor de biblioteca e documentação José Garcia Molina tem um acervo com documentos textuais, mapas, plantas, microfilmes, periódicos, depoimentos, entre outros, que retratam a história da cidade e da região.
Além disso, na parte de trás do museu há uma pequena plantação de café, onde é possível conhecer todo o processo, desde o cultivo, colheita, separação dos grãos e as ferramentas utilizadas. Tudo muito bem explicado pelo guia, claro. Outro fato que chama a atenção é a história do próprio prédio, com arquitetura de origem inglesa, um dos cartões postais de Londrina.
Por ser grande e ter muita coisa interessante para ver, sugiro que tenha um tempo maior para visitar o Museu Histórico de Londrina. Afinal, visitar com pressa não permitirá que se atenha aos detalhes. E são muitos!
Participaram do presstrip jornalistas e blogueiros de viagem de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina (eu!). Assim como o Destino Mundo Afora, os blogs Mala Inquieta, Diário de Viagem, Fui Gostei Contei, Viagens Cinematográficas e Giros por Aí. E no Matraqueando também é possível conferir alguns posts sobre a Rota do Café…
O blog Destino Mundo Afora participou desta viagem a convite do Sebrae/PR. Transportes, passeios, hospedagem e alimentação estavam inclusos. Contudo, o texto é isento e reflete as opiniões verdadeiras da autora. A viagem ocorreu em outubro de 2014.
Fotos: Destino Mundo Afora