As grandes obras do Museu do Louvre, em Paris

Postado por: Amanda Menger

Junto com a Torre Eiffel, o Museu do Louvre está entre os ícones de Paris. O antigo palácio da realeza francesa é hoje o museu mais famoso do mundo e abriga uma coleção de obras-primas da arte e de objetos históricos, além do próprio prédio que merece atenção por si só.
O Louvre surgiu como uma fortaleza medieval, em substituição ao castelo anterior, a Conciergerie, que depois virou uma prisão. Ele se tornou a residência oficial da corte francesa em Paris no século XIV.  O prédio atual mesmo foi construído no século XVI a mando do rei Francisco I. A obra no total levou 100 anos para chegar ao formato atual.  No entanto, logo ele ficou “pequeno” para a corte do rei Sol, Luís XV, que determina a construção de Versalhes.  No final do século XVIII, com a Revolução Francesa, o antigo palácio se transformou em museu. Ao longo do século XIX, uma parte dele foi usado como apartamento de Napoleão (que podem ser visitados e terá post sobre isso em breve).

A entrada do museu se dá pela grande pirâmide de vidro. Há uma segunda entrada, menos concorrida que fica na pirâmide invertida, na área das lojas, no Carroussel do Louvre. Aliás, é nesta área onde fica uma das bilheterias do Paris Pass Museum. Ali também é um bom lugar para comprar souvenires.
O Louvre tem três alas: Richelieu, Sully e Denon e oito departamentos: Antiguidades Egípcias, Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas e Antiguidades Orientais, Arte do Islã, Pinturas, Esculturas, Objetos Artísticos e Artes Gráficas. O museu tem mais de 73 mil metros quadrados de área e mais de 100 mil itens no acervo, destes, 35 mil estão em exposição. Assim, é praticamente impossível conhecer o Louvre com qualidade em um único dia. O melhor momento para visita é nas quartas e nas sextas, pois o museu fica aberto até as 21h45 e após o horário normal de fechamento, no final da tarde, fica bem mais tranquilo para visitar.

Hoje não é mais possível chegar pertinho da pirâmide invertida

A entrada oficial do Louvre é pela grande pirâmide de vidro

Hall de entrada do museu

Na primeira vez que fui ao Louvre foi em uma quarta-feira, chegamos logo depois do almoço, no início da tarde e ficamos até depois das 20h. Andamos por quase todo o museu, mas deixamos os apartamentos de lado e algumas obras que queríamos ver estavam em conversação e, portanto, fora da exposição, como foi o caso da Vitória de Samotrácia. Na segunda vez, no ano seguinte, estávamos com a minha mãe e aí fizemos uma visita mais rápida, de pouco mais de três horas, visitando mais as obras mais importantes e é exatamente sobre isso que vamos te mostrar agora.

Monalisa: é a obra mais procurada. Logo na entrada há placas indicativas para encontrar a obra de Leonardo, localizada na ala Denon, na sala 6. Aliás, sempre conto aos alunos nas aulas sobre o Renascimento, que esta obra se tornou muito famosa no século XX, por conta do roubo, ocorrido em 1911. A obra foi devolvia dois anos depois e por conta da repercussão que ela se tornou o destaque do museu.

A Monalisa foi pintada por Leonardo Da Vinci, a pedido de Giocondo, marido da moça retratada, por isso a obra também é conhecida como La Gioconda, ou seja, a mulher de Giocondo.  Da Vinci recebeu o dinheiro pela encomenda, mas nunca a entregou (o que aliás era algo comum para Da Vinci). Ele terminou de pintar a obra já na França, quando integrou a corte do rei Francisco I.  É exatamente por isso que a obra nunca retornou à Itália.  Monalisa passou por vários castelos até ser levada para o Louvre e ser exposta no museu com a Revolução Francesa.
Por conta de um problema anterior, a Monalisa é protegida por um vidro e sim, há muita procura por ela e chegar perto é quase impossível. O quadro é pequeno ainda mais se comparado ou que está de frente para ele: As bodas de Canaã, de Veronese.

Veronese

Outro quadro impressionante é A Liberdade Guiando o Povo, de Delacroix (ala Denon, sala 700). O quadro normalmente é associado à Revolução Francesa. No entanto, a referência correta é das revoluções burguesas do século XIX, cerca de 40 anos depois da Francesa. A obra é de grande dimensão e um ícone da arte romântica. Aliás, fique atento a isso: o acervo de arte do Louvre vai até o século XIX, terminando no romantismo. Parte do acervo posterior foi transferido para o Museu D ´Orsay, que ficou com o final do século XIX e início do XX, já o George Pompideu, ficou com a arte modernista e contemporânea. É bem interessante fazer esta sequência temporal: Louvre, D´Orsay e Pompideu.

A Liberdade Guiando o Povo – Delacroix

A Virgem das Rochas – Da Vinci

Virgem das Rochas: localizada na ala Denon, sala 5. A obra de Leonardo Da Vinci foi alvo de polêmica durante muito tempo. Isso porque a National Galery, em Londres, possui um quadro praticamente igual, também de Da Vinci. Durante muito tempo ficou a discussão sobre qual seria o original. Depois de muitas pesquisas, na década de 1990 encontrou-se documentação mostrando que ambas são de Da Vinci e são originais. No entanto, uma delas foi produzida antes, a que está em Paris, e rejeitada pelo comprador, um convento, que achou a obra muito escura, além das feições mais sombrias das personagens. Da Vinci fez uma nova versão e acabou vendendo para outro comprador a obra antes rejeitada.

A Grande Odalisca de Ingres

A Grande Odalisca, de Ingres: localizada na sala 75 da ala Denon. A obra, do período do romantismo, foi muito criticada, principalmente por conta das proporções do corpo.

Vênus de Milo

Vênus de Milo: localizada na ala Sully, na sala 345. A estátua é um dos exemplares da estatuaria grega clássica. A Vênus foi encontrada em 1820, na ilha de Milos, então pertencente ao Império Otomano. Há diversas versões sobre como a estátua teria perdido os braços. A estátua tem pouco mais de 2 m de altura e impressiona pela beleza do trabalho em mármore.

Vitória de Samotrácia

Vitória de Samotrácia: localizada no alto da escadaria da entrada da ala Denon. A estátua mostra a deusa grega Nike, a vitória. Ela foi encontrada em 1863, nas ruínas do Santuário dos deuses da Samotrácia e fazia parte de uma fonte, com forma de proa de embarcação. Ela é feita com pedra calcária. Devido ao tamanho e expressividade e como está a caminho da sala da Monalisa, se aproximar também é difícil.

Código de Hamurabi

Código de Hamurabi: localizado na ala Richelieu, sala 3. Entre os objetos mais incríveis do departamento de Antiguidades está a estela que contém o Código de Hamurabi. A pedra traz aquele que é conhecido como um dos mais antigos códigos de leis feitos pela humanidade, datado do governo de Hamurabi, um rei da Babilônia, na Mesopotâmia da Antiguidade.

Serviço

►Site: Museu do Louvre
►Horário: O museu abre diariamente das 9h às 18h (é fechado nas terças-feiras e nas quartas e sextas fica aberto até as 21h45). Nos feriados de 1° de janeiro, 1° de maio e 25 de dezembro ele também não abre.
►Metrô: Palais-Royal Musée du Louvre (linhas 1 e 7)
►Ingressos: Para adultos, 17 euros, mas há vários descontos e o Louvre está no Paris Pass Museum, o que dá acesso diferenciado (fila mais rápida).

Fotos: Destino Mundo Afora

Aviao
Gostou?
Então, deixe seu comentário, curta nossa fanpage no Facebook e siga nosso perfil no Twitter e no Instagram.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Página inicial