Museu do Boi de Mamão, em Tubarão
Postado por: Tatiana Dornelles
O boi de mamão é uma manifestação folclórica típica do litoral de Santa Catarina e é tradição em muitas cidades. Em Tubarão, lembro na infância de assistir a algumas apresentações, mas, com o tempo, não vi mais. Contudo, descobri que há na Cidade Azul o Museu do Boi de Mamão, criado e mantido pelo mestre José Marcondes, conhecido como Zé do Boi.
Como sou professora de Arte e estávamos trabalhando folclore, tradições e festas populares, resolvi levar meus alunos do terceirão (3º ano do ensino médio) da EEB Senador Francisco Benjamin Gallotti ao museu. E o bom é que fica localizado bem pertinho da escola.
O museu conta com um verdadeiro acervo, com fotografias, troféus, quadros, estatuetas, recortes de jornais, bonecos para apresentação de boi de mamão, bem como muita história sobre a tradição e o Grupo Folclórico Beco do Beijo.
Zé do Boi nos recebeu com muito carinho e, antes de entrar, fizemos o ato tradicional de bater o sino e “pedir permissão”. No local, além de apreciar todo o material, Zé do Boi fez um resgate histórico, contando sobre a chegada dos açorianos, da origem do nome “boi de mamão” (a mais aceita é a versão que diz que a cabeça do boi era feita com um mamão verde), sobre as apresentações que o grupo fez na cidade e região, entre outras.
Os alunos ainda puderam montar quebra-cabeças do boi de mamão, criados pelo Zé do Boi. Foi uma interação superbacana!
Além disso, conhecemos a oficina – em anexo ao local -, onde Zé do Boi constrói os bonecos para as apresentações de boi de mamão.
Antes de voltarmos para a escola, eu ainda tive a experiência de dançar o “boi de mamão” com a Bernunça (tem um vídeo com a dança e visita ao museu no meu canal do YouTube)…
Foi uma experiência incrível para mim, que não sabia sobre a existência do museu até então, bem como acredito que tenha sido também para os alunos…
O grupo tem mais de 50 anos e Zé mantém a história viva para as gerações futuras, inclusive com palestras, apresentações e recebendo grupos escolares no local. Pena que, muitas vezes, falta incentivo à cultura por parte do poder público para manter acesa essa chama de resgate histórico-cultural da nossa cidade.
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Fotos: Destino Mundo Afora
