Revezamento da Tocha Olímpica em Bento Gonçalves

Indescritível, inexplicável, sensacional, mágico, único. Assim posso descrever (ou não?) o momento super-hiper-mega-ultra-especial que vivenciei em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul: ser Condutora da Tocha Olímpica das Olimpíadas Rio 2016.

Foto: Rio2016/Andre Mourao

Tudo começou, na verdade, no fim do ano passado quando resolvi me atrever e fazer a inscrição no site de uma das patrocinadoras oficiais das Olimpíadas, a Nissan (obrigada, Nissan!!!). Contei minha história como escotista e a paixão por aventura, até que os primeiros contatos iniciaram, ainda extraoficialmente. Ou seja, pediram documentos assinados, atualização de cadastro em links, entre outros. Mas tudo ainda era apenas extraoficial. Foi somente no dia 15 de abril de 2016 que recebi o e-mail oficial do Comitê Olímpico e tudo começou a se tornar realidade. Já relatei em outro post como fui selecionada e também gravei um vídeo falando sobre a cidade.

Meu revezamento ocorreu no dia 9 de julho de 2016, um sábado inesquecível. Fomos para Bento Gonçalves um dia antes. Inclusive, percorremos o local onde foi meu revezamento e encontrei meu número – 11 – de onde ocorreu o meu ponto de partida. Ou seja, o local onde houve o primeiro “beijo da tocha” e eu recebi a chama olímpica.

Meu ponto de partida

No sábado, acordei às 5h para me arrumar, pois tinha que estar na Casa das Artes às 6h15. Lá, recebemos o uniforme e todas as orientações do momento, desde o início da partida até o final.

Uniformes dos condutores da Tocha Olímpica

Recebendo o uniforme e a mochila Rio 2016

Na concentração, tivemos também um momento para bater fotos com a tocha e a família…

O pessoal da Nissan – patrocinadora pela qual fui selecionada – também estava na concentração. Foram muito atenciosos, queridos e enalteceram nossa participação. Inclusive, explicou como deveríamos receber a tocha, que foi presente da Nissan para seus condutores.

Nissan também esteve presente na concentração

O nosso guardião Richard foi superbacana e paciente, já que as expectativas estavam a mil por hora. Ele falou sobre o momento – que é único – e nos incentivou bastante. Afinal, de certa forma, estávamos prestes a entrar para a história do esporte no Brasil e no mundo…

Richard foi nosso guardião e incentivador. Fera!

Antes de ir para a rua, tivemos orientação do procedimento: como receber a chama olímpica, abrir a tocha e passar a chama para o próximo condutor. Ah, e a indicação era para correr um pouco, justamente para não aparecer nas fotos como “estátua da liberdade” (dica do nosso guardião!). E eu (metida!) fui uma das voluntárias na explicação! hehe

Eu como voluntária no treino…

Condutores de 001 a 013

Em Bento Gonçalves foram 25 condutores, mas no nosso ponto de encontro estavam apenas os do número 1 ao 13. Dali, pegamos o ônibus para o revezamento e a festa, claro, era grande. Cada condutor era incentivado no momento da descida, com gritos, torcida e alegria.

Meu número era o 11 e minha saída foi na rua Carlos Flôres, seguindo até a rua Treze de Maio. Cada condutor era deixado no seu ponto inicial e, até a chegada do comboio, era momento para bater fotos e festar. Não faço ideia de quanto tempo fiquei ali, mas parecia uma eternidade. 🙂

Despedida do Richard

Enquanto esperava no meu local, foram inúmeras fotos com o público, algo emocionante. E é isso que a Tocha Olímpica representa: amor, união e paz.

Enquanto esperava o momento, o comboio com caminhões dos patrocinadores oficiais – Coca-Cola, Nissan e Bradesco passaram. O mais emocionante foi ver meu nome no caminhão da Nissan e ser incentivada por eles, que me selecionaram para esse momento mágico.

Coca-Cola, patrocinadora do revezamento

Nissan, patrocinadora do revezamento

Bradesco, patrocinador do revezamento

E depois dos patrocinadores, estava chegando o momento… A emoção foi tomando conta do meu coração e a partir disso não sei descrever o que senti.

E esse foi o momento mágico, o Beijo da Tocha… Momento em que o número 10 (valeu Marcos!) me passou a chama olímpica.

Foram 200 metros de muita alegria, felicidade e emoção. Dei gritos de uhul, tchauzinhos, Sempre Alerta, corri, andei… Nem sei direito o que fiz, o que pensei, mas fiz. Era o meu momento!

Foto: Rio2016/Andre Mourao

Foi tudo muito rápido, ou pelo menos pareceu muito rápido. Quando vi, estava no momento de passar a chama olímpica para o número 12 – Everson.

E, depois de 200 metros de pura emoção, acabou… Posso ir de novo? A sensação era de dever cumprido… Fiz um vídeo que mostra meu trajeto aqui…

Condutores Olímpicos nota 1000!

Conduzir a Tocha Olímpica é um misto de emoções, um momento inexplicável e indescritível. Mas não posso deixar de enaltecer as pessoas especiais que estavam comigo em Bento Gonçalves e também àquelas que estavam comigo em pensamento. Ao Max, marido amado, aos filhos Elton e Tael, especiais, amados, lindos e incríveis, à minha mãe que tanto amo, Tânia, e à minha segunda mãe, madrinha e tia, Dinda, que encararam as curvas da serra gaúcha pra me assistirem. E sem contar a chuva na volta!!! A todos os familiares e amigos que estavam comigo em pensamento. Eu, com certeza, estava com todos no coração!

Obrigada, Nissan, pelo presente: o momento especial e a Tocha Olímpica!

Obrigada também à ‪#‎Nissan‬, pelo momento e pelo presente – a Tocha Olímpica – e aos meus guardiões do Comitê Olímpico, Richard e Danilo. E, claro, aos colegas condutores olímpicos que apoiaram no ônibus com gritos de alegria! Sou Condutora Olímpica!

Nota: Estes anunciantes não possuem relação com os Jogos Rio 2016 e são patrocinadores exclusivos deste blog/site.

Fotos: Destino Mundo Afora