Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro
Postado por: Tatiana DornellesUm museu interativo e que nos faz refletir sobre o que está acontecendo no mundo… Assim é o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, lugar que visitei durante a presstrip do Belga Hotel. Inclusive, fiz um post sobre o tour pelo Boulevard Olímpico – criado para receber os turistas durante as Olimpíadas Rio 2016… O passeio é realmente incrível!
Com arquitetura moderna e estrutura gigantesca, o museu de ciências diferente fica no Centro do Rio, mais especificamente na Praça Mauá, que foi toda revitalizada e é às margens da Baía de Guanabara. De lá, é possível avistar o porto e a Ponte Rio-Niterói, que é um dos cartões postais da Cidade Maravilhosa.
Como fomos com agendamento prévio e guia, não pegamos fila. O Museu do Amanhã está sempre lotado de visitantes e turistas, inclusive com fila gigantesca na rua para a entrada, mas vale a pena esperar, pois é realmente imperdível.
Além da belíssima arquitetura, logo na entrada do museu é possível se deparar com um pouquinho do que está por vir: um enorme globo, pendurado no hall, fica girando e trocando as cores. Achei incrível, claro, ainda mais que remete a viagens! O globo ainda é local ideal para as fotos jacu (não sabe o que é? Leia aqui). Se perceber na foto abaixo, as pessoas fazem fila para fotografarem “segurando” o mundo…
Ah, também na entrada, os visitantes recebem um cartão para interagir nas telas ou computadores espalhados por todo o museu. Isso faz com que cada pessoa possa se integrar com aquilo que mais chamou a atenção. Confesso que usei o meu em alguns lugares… Só é preciso cuidar, pois se perder é necessário pagar uma taxa e, além disso, se deixar perto do celular, pode desmagnetizar. Assim, todo cuidado é pouco.
A exposição permanente – e interativa – nos faz refletir sobre o que estamos fazendo para o planeta, em todos os âmbitos: as transformações profundas na natureza e na humanidade, etc, além de sugerir caminhos para os próximos 50 anos. No segundo andar, a gente percorre uma narrativa multimídia estruturada em cinco grandes momentos – Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós –, cada um encarnando grandes perguntas que a humanidade sempre se fez – De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir?
Em Terra, três grandes cubos de sete metros de altura, com conteúdos que investigam as três dimensões da existência: Matéria, Vida e Pensamento. No cubo da Vida, por exemplo, o DNA, elemento comum a todas as espécies, está representado no exterior. Internamente, a diversidade e a interconectividade da vida na Mata Atlântica surgem em uma seleção de fotos produzidas durante três expedições realizadas no ecossistema da Baía de Guanabara.
Em cada sala (estes quadrados acima), uma surpresa: cenas da natureza, frases de impacto que nos fazem pensar no que causamos diariamente ao mundo, informações sobre o ecossistema, entre outras. É difícil ficar pouco tempo em cada sala, pois são muitas as imagens que chamam a atenção!
Em um dos cubos, enfim, a dimensão do Pensamento. No exterior, temos mais uma vez um elemento unificador: nosso sistema nervoso, que é essencialmente o mesmo em todos os seres humanos. Dessa identidade fundamental, no entanto, resulta a incrível diversidade das culturas, ilustrada por centenas de imagens que retratam diferentes aspectos de nossa vida, sentimentos e ações – como habitamos, celebramos, disputamos, pertencemos.
Uma mostra me agradou: telões gigantes com imagens de destruição, caos, desgelo, queimadas, bem como dados geográficos e estatísticos do planeta inteiro. No meio das quatro telas gigantes, um local para o visitante deitar e ficar assistindo. Aqui, é a área Antropoceno, ponto central da experiência da exposição principal, que aborda o entendimento que a atividade humana se tornou uma força geológica: estamos transformando a composição da atmosfera, modificando o clima, alterando a biodiversidade, mudando o curso dos rios. Toda a vida na Terra terá de se adaptar a estes novos tempos plenos de incertezas – e oportunidades. Confesso que fiquei um bom tempo ali, admirando ao mesmo tempo em que pensava no que o ser humano está causando, diariamente, ao mundo, seja com guerras, destruição, poluição, etc.
O percurso da exposição principal encerra com o exercício da imaginação em Nós, propondo o engajamento do visitante na ideia de que o Amanhã começa agora, com as escolhas que fazemos. Vivemos em um planeta profundamente transformado pela nossa própria intervenção. O hoje é o lugar da ação. Qual será o nosso legado para as próximas gerações?
Vai dizer que esta mostra não chama a atenção?
A área dos Amanhãs foca nas grandes tendências globais onde existirão mais pessoas no mundo, vivendo por muito mais tempo. E é totalmente interativo. O interessante é que as pessoas realmente interagem: respondem as perguntas nos computadores, jogam, param para admirar as imagens dos telões. Eu mesma respondi a questionamentos sobre consumo e vi meu resultado da “pegada ecológica” que estou deixando no mundo.
No fundo do museu, lá de cima, tem um local todo em vidro de onde é possível ver a lagoa, a Ponte Rio-Niterói e o símbolo do museu, em meio à água. Claro, também é bem disputado para fazer fotos. Ainda assim, lá fora, a foto fica ainda mais linda, viu?
Quanto estive no Museu do Amanhã, além da exposição permanente, contava ainda com a mostra itinerante, que era “O poeta voador, Santos Dumont”, brasileiro que inventou o avião. Com linguagem audiovisual e atividades interativas, o ambiente inclui protótipos das principais criações de Santos Dumont e duas réplicas em tamanho real: o pioneiro 14bis – cujo primeiro voo completa 110 anos em 2016 – e o avião Demoiselle, mais completo projeto do inventor. A exposição tem concepção e realização da Fundação Roberto Marinho, curadoria de Gringo Cardia e consultoria científica de Henrique Lins de Barros.
No fim da exposição, uma sala foi destinada a Santos Dumont, repleta de réplicas de dirigíveis e aviões e ainda um espaço que ensinava a fazer aviãozinho de papel e para jogar (com interação também, viu?).
Alguns espaços do museu foram destinados a ele: havia um local com diversos painéis para fotografar.
Na Praça Mauá, uma réplica do 14 Bis, inventado pelo brasileiro, já apontava para a exposição itinerante.
Ah, o museu ainda conta com lojinha de souvenir. Não cheguei a comprar, mas dei uma olhadinha…
A visita valeu super a pena e não vejo a hora de voltar ao Rio com a família para fazer esse passeio, bem como outros…
Serviço
►Endereço
Praça Mauá, 1 – Centro. CEP: 20081-240
Evite ir de carro, não há estacionamento no Museu do Amanhã.
A estação de metrô mais próxima é a Uruguaiana.
► Horário de funcionamento
Terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h)
► Ingresso
Valor normal: R$ 20,00*
Fotos: Destino Mundo Afora
*Os valores dos ingressos são referentes a janeiro/2017 e o blog não se responsabiliza por eventuais alterações.
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