Como emagreci 2,5 quilos em um mês e meio?
Postado por: Tatiana DornellesMudanças radicais requerem, por vezes, atitudes radicais. Desde abril, após ir em um médico – ele é nutrólogo, endocrinologista, ortomolecular e __ (e foi aluno do conceituado Lair Ribeiro) -, em Criciúma, tomei vergonha na cara e mudei hábitos que, até então, acreditava serem imutáveis. De abril até o retorno, um mês e meio depois, emagreci 2,5 quilos. Sim, é fato e certo: tive determinação.
O médico, que olhou todos os meus exames de 2015 até 2017, apontou vários problemas, como falta de vitaminas (zinco, ferro, B, D, etc), alterações gritantes de tireoide e colesterol, bem como outros problemas no meu organismo, foi claro em alto e bom som: “a decisão de ficar boa é tua”. Ele detectou tudo o que médicos anteriores não detectaram. E, sim, fiz uma série gigantesca de exames.
Pois bem, voltamos ao emagrecimento e aos fatores que me levaram à mudar tudo: hábitos alimentares errados e sedentarismo…
1- Intolerância à lactose
Há cerca de um ano, descobri que sou intolerante à lactose e, confesso, já havia diminuído o consumo de produtos à base de leite. No entanto, outro médico na época, aqui de Tubarão, não explicou que essa minha intolerância era de 100%. Ou seja, mesmo tomando as enzimas eu apresentaria os sintomas. Assim, continuei comendo queijos e, por vezes, tomando iogurtes zero lactose e outros produtos similares com o remedinho antes. No outro dia, “batata”, eis os sintomas.
Este médico de Criciúma, porém, me explicou que realmente não posso consumir nada, nada, nada. Nem os tais enzimados. Hoje, o consumo de produtos que tenham leite e derivados é zero. E, pra falar a verdade, nem tem feito falta na minha vida…
2- Cortar o consumo de glúten
Esse passo, confesso, foi um pouco complicado no início. Desde abril, quando fui ao médico, ele foi enfático ao dizer que “ele não iria me obrigar a nada, mas se eu quisesse melhorar, teria que seguir a dieta”. Ponto final. Foi o que bastou para eu fechar a boca e parar (quase por completo) com o glúten. Não é que eu tenha intolerância ou alergia. É que os produtos com glúten ajudam a alterar ainda mais a tireoide (e, para quem não sabe, esse foi um dos fatores quase certos de eu ter perdido o bebê em janeiro deste ano).
Consumo de glúten, muito raramente, apenas quando estou em um local e quero muito tomar uns goles de cerveja. Yes, tive que cortar a cerveja, apesar de existir a sem glúten – bem cara, por sinal. No mais, nada melhor do que uma tacinha de vinho…
3- Atividades físicas, já
No fim de março resolvi encarar a atividade física novamente. Fiquei um ano sedentária, na verdade desde a época em que decidi engravidar. Este ano, depois de todos os acontecidos, entrei no Dreams Studio Funcional, duas vezes por semana. Já nas primeiras semanas comecei a observar que estava perdendo peso, claro, aliando a prática de exercícios à dieta restrita que o médico indicou. Lembrando: minha dieta foi por indicação médica!
4- Zero açúcar
O cafezinho de todos os dias, amém! Esse continuo tomando. No entanto, se antes eu colocava duas colherzinhas de açúcar, hoje tomo amargo. E, bem sério, é a melhor forma de sentir realmente o sabor da bebida. Além disso, como nunca fui de comer doces, chocolates e afins (nem mesmo na TPM), o açúcar não tem feito falta na minha vida não. Já me acostumei… Aliás, o café era a única bebida que, antes da dieta, eu tomava doce. Chás, sucos naturais eram sem nada.
Outro fator: desde os 10 anos de idade não tomo refrigerante, na época coloquei na cabeça que iria parar. Sou persistente, sempre fui, e depois que tomo uma decisão não volto atrás. Foi assim com o danado do refri.
5- Gordura/frituras (quase) zero
O médico pediu que a gordura/fritura fosse reduzida da minha vida. Como já estava praticamente em zero, por causa da airfryer, também não foi algo difícil de cortar. Claro que, raríssimas vezes, até consumo um pouco de gordura e/ou frituras. Mas é bem pouco perto do que era antigamente. E, geralmente, quando como algo gorduroso, acabo passando mal.
6- Diminuir carboidrato
Não cheguei a cortar o carboidrato totalmente, pois já tenho muita restrição alimentar (e aí, o que comeria?), mas reduzi bastante o consumo. Isso porque, segundo meu médico, o consumo exagerado ajuda a alterar os índices de colesterol. E os meus estavam estratosféricos, acreditem. Ao contrário do que as pessoas pensam, não é a gordura da carne (e etc e tal) que alavanca o colesterol ruim, mas sim o consumo exagerado de carboidrato (leia-se pães, massas, entre outros).
7- Medicamentos manipulados
Mas não pensem que está tudo assim, fácil, fácil… Desde o retorno do médico, estou fazendo tratamento de saúde para colocar nos eixos todas as alterações do meu organismo. São diversos comprimidos no café da manhã, almoço e jantar, sem contar os medicamentos em pó (sachê), que precisam ser preparados com água antes das principais refeições. Por quatro meses, diariamente, preciso tomar os remédios. Depois, é voltar ao médico e refazer exames, para ver o que é necessário ou não continuar.
A persistência e atitude estão sendo meus maiores incentivadores. Não adianta ir a médicos, fazer atividades físicas por pouco tempo e parar ou querer iniciar dieta, fazer por 30 dias, e voltar a comer compulsivamente. Para tudo, mudanças são necessárias. Sei que a minha dieta restritiva é praticamente para sempre, mas isso não me impede de comer ou preparar coisas gostosas no dia a dia. E até criei uma categoria aqui no blog, chamada Receitas do Mundo, onde posto algumas comidinhas que faço. Também fiz o Tudo Zero, no Facebook e Instagram, para indicar produtos e colocar as receitas.
Confesso que, às vezes, a vontade é de jogar tudo pro alto: dieta, exercícios físicos, etc, mas aí volto à realidade e penso que persistência e dedicação são essenciais para manter uma vida saudável.
PS: Assim como blogueiros de moda ou lifestyle falam de viagens em seus blogs, decidi criar a categoria Lifestyle para compartilhar algumas coisinhas diferentes com vocês. Espero que gostem e continuem a curtir e acompanhar nossas dicas! 🙂
Fotos: Destino Mundo Afora