O Palácio de Versalhes, em Versalhes
Postado por: Amanda MengerQuem vai a Paris e tiver pelo menos meio dia disponível deve fazer uma forcinha para ir até Versalhes e visitar o famoso Palácio de Versalhes. A viagem é rapidinha, de trem, e a entrada não é cara. Se tiver mais tempo, passe o dia por lá e além do palácio, visite o Petit e o Grand Trianon, a vila austríaca e perambule bastante pelos jardins.
Para ir de Paris a Versalhes é vapt e vupt, em cerca de 30 minutos estávamos em Versalhes. Fomos de metrô até os Invalides e lá pegamos o RER C até Versailles Rive Gauche. Pagamos 13 euros para duas pessoas, ida e volta. Da estação até o palácio é pertinho e as placas indicam o caminho a seguir. Chegamos bem cedo, na abertura do palácio para aproveitar bem a visita, até porque queríamos também ver o Trianon.
Como professora de História, já tinha lido muito sobre o palácio símbolo do antigo regime (monarquia). Ele começou a ser construído no reinado de Luís XIV, o Rei Sol, porque o Louvre já não era compatível com as necessidades da corte (aff, imagina se o Louvre daquele tamanho não era suficiente para receber a corte!). O palácio é incrível, peninha que no inverno os jardins ficam tão melancólicos sem flores e com as árvores peladas. E, para variar, a parte do grande lago estava recebendo umas melhorias (não teve lugar em que fomos que não tinha alguma coisa fechada ou com a fachada em obras, especialmente em Paris). Na segunda vez que visitei o palácio, em 2015, fui com a minha mãe. Já na primavera, o cenário era bem mais agradável, como conto no post sobre os jardins.
Compramos o áudio guia por 10 euros para duas pessoas. O que eu gostei do tour pelo palácio é que ele está organizado de forma que tu segues uma sequência quase linear de salas. Não gosto muito de museus em que uma mesma sala se abre para outras 10 e estas 10 para outras 15, no fim tu te perdes, se cansa e às vezes não vê o que queria ter visto.
Em Versalhes, as salas iniciais contam a história da construção do palácio. Em seguida, passa-se aos domínios do rei e da rainha, com as salas de audiência, o espetacular Salão dos Espelhos (eu teria um treco se fosse a Paris e não fosse a Versalhes para ver esta sala), o quarto do rei, o quarto da rainha, e o salão de refeições.
O Salão de Espelhos era usado como salão de bailes ou então como uma antessala para quem queria ter uma audiência com o rei. Na época o Salão dos Espelhos foi uma verdadeira fortuna porque não era comum ter tantos espelhos. A ideia era que ele refletisse a luz do dia ou então a luz dos candelabros que eram então à vela.
O pessoal do museu tentou recriar o máximo possível os quartos e os salões desta ala como eram na época de Luiz XVI e Maria Antonieta, às vésperas da Revolução de 1789. Mas eles falam que há uma imensa dificuldade para isso. Em uma das fases da revolução, o mobiliário, as louças e pratarias foram vendidos. Na fase da Restauração da Monarquia, quando se resolveu transformar Versalhes em museu, começaram a recomprar os itens vendidos anteriormente. É óbvio que não conseguiram recuperar muita coisa. Por isso, algumas coisas foram reconstruídas aos moldes daquela época, tendo como parâmetro as pinturas.
Outra parte de Versalhes é a galeria das Batalhas. São quadros que mostram as principais batalhas da história da França, alguns deles têm descrições no áudio guia e contam os principais pontos das cenas retratadas. Há também muitas esculturas e bustos de personalidades da história francesa.
A terceira ala aberta ao público em Versalhes é a área que era destinada às irmãs do rei que não casaram. Novamente se buscou retratar como era a vida destas nobres antes da Revolução Francesa. Uma das coisas que eu não sabia sobre Versalhes e me deixou atônita foi a questão dos tecidos. A decoração do palácio era mudada duas vezes por ano. Sim! Redecorado duas vezes! No verão eram usados tecidos mais leves, no inverno, mais pesados como os veludos. O que está exposto hoje são os tecidos de verão, por serem de mais fácil manutenção.
A visita ao palácio não é demorada, em cerca de duas horas é possível ver tudo. Depois disso, há outras opções, como o passeio pelos jardins ou ainda o Trianon. Para quem vai passar o dia, há também restaurante no palácio e na área externa lanches.
Dica: chegue bem cedo, especialmente se sua viagem for na primavera ou no verão. Quando fomos na primavera pegamos mais de 1h30 para entrar no palácio, porque a segurança é bem reforçada e há revista na entrada. Para quem vai no verão, tem a opção de comprar o ingresso que dá direito a ver os shows musicais e de fogos de artifício que ocorrem nos jardins.
Serviço
►Site: Palácio de Versalhes
►Como chegar: RER C, da estação de Versalhes ao palácio é cerca de 5 a 10 minutos de caminhada.
►Ingresso: O bilhete individual custa 18 euros por pessoa. As entradas no palácio e nos Trianon estão incluídas no Paris Pass Museum.
►Horário: de terça a domingo, das 9h às 17h30
Fotos: Destino Mundo Afora