Reflexões [de uma quase quarentona] em quarentena

Postado por: Tatiana Dornelles

Invisível, um vírus conseguiu o que antes parecia improvável: parar o mundo. Com o decreto de pandemia, fronteiras foram fechadas, pessoas isoladas, fábricas e empresas pararam as máquinas. Milhares de pessoas perderam a vida por conta de um vírus que ninguém sabe ainda como é, onde está e quem pode atingir. E que se espalha de forma absurdamente rápida.

Como está o coração nesse momento? Aqui, com saudade daqueles que sempre estiveram ao nosso lado, em festas, bons momentos – e nos ruins também -, mas que agora, por conta desse vírus, estão longe. Sem chegar perto, sem beijo, sem abraço. Isolados. Assim estamos. E o pior? A incerteza de quando isso vai acabar.

Medo? Tenho todos os dias. De não poder mais chegar perto de quem amo e que está no outro lado da cidade. De não poder abraçar minha mãe e meu pai tão cedo. De não poder proteger meus filhos, minha família. De ter que sair para trabalhar – sou da imprensa – e não saber por onde esse monstro invisível está.

Estamos em isolamento, em quarentena, em solidão. Vamos repensar, então, no quanto as pessoas que sempre estão com a gente são importantes. Não espere para dizer eu te amo (já que abraço e beijo não pode), faça videoconferência, mande notícias, pegue o telefone, se desligue de mensagens ruins e ligue para quem ama.

Hoje, resolvi colocar minha playlist na TV. Não aguento mais ouvir sobre mortes, sobre números de casos que só aumentam, sobre cidades completamente sem funcionar. Dá uma tristeza, uma dor no coração.

Quando saio para trabalhar e vejo as ruas vazias, as lojas fechadas e raras pessoas nas ruas, me sinto em um filme de fim de mundo. E bate a nostalgia de quando tudo era normal.

Sabe, li um texto que parece bem sensato… Precisou que um vírus como esse – o coronavírus – fizesse com que as pessoas tirassem (obrigatoriamente) um tempo para as famílias, para dar real valor ao que precisamos: o amor e a solidariedade. Precisou desse vírus para que víssemos o quanto poluímos, o quanto destruímos e o quanto ainda precisamos evoluir em termos de higiene pessoal. Reflita: quantas vezes, antes disso tudo, você chegava em casa e lavava as mãos com água e sabão antes de abraçar seu filho?

Então, vamos aproveitar a quarentena e refletir sobre o tempo que temos investido em quem amamos, nas nossas ações, no que realmente queremos para o futuro. E lembre, sempre: o importante é o aqui e agora!

Fotos: Tatiana Dornelles Fotografia

Aviao

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