A pandemia e as viagens
Postado por: Amanda MengerSaudade de viajar né minha filha? Esse meme parafraseando o médio Dráuzio Varella é uma verdade em meio à pandemia do novo Coronavírus. Um dos setores mais afetados pela doença é o turismo, seja ele no Brasil quanto no exterior. Neste post vou contar um pouco sobre a minha experiência (Amanda) para fazer o adiamento/cancelamento de uma viagem para julho de 2020.
Lá no Réveillon, ao fazer o planejamento para 2020, viajar estava na listinha. A ideia era viajar nas férias de julho, pois seria uma viagem em família, eu, minha mãe e meu irmão. Nosso desejo mesmo era voltar à Europa, fazer Portugal, França e talvez Inglaterra ou Espanha. No entanto, a alta do dólar simplesmente jogou este plano pra baixo da lista. Depois, pensamos no Chile, pra dar continuidade aos passeios pela América do Sul, mas as passagens também estavam com preços proibitivos, fora que pensamos na possibilidade de ir a Valparaíso e Viña Del Mar e no inverno talvez não fossem destinos tão interessantes por conta do clima, no verão teríamos a possibilidade de aproveitar o litoral do Oceano Pacífico e ainda, uma ideia mais audaciosa era pegar um ônibus até Buenos Aires para passar pelo deserto do Atacama (a recomendação era fazer isso no verão, por ser mais seguro em função das condições climáticas).
Pesquisando preços de voos e por um desejo da minha mãe de voltar ao Rio depois de 40 anos, decidimos ir para Minas Gerais, visitaríamos Belo Horizonte e faríamos dois passeios de bate e volta (day trip) para as cidades históricas do ciclo do ouro e depois iríamos ao Rio, passando por Petrópolis. Encontramos um conjunto de voos muito bons entre Porto Alegre e Belo Horizonte, Rio e volta à capital gaúcha pela Latam, na Decolar. Logo em seguida já reservamos os hotéis nas duas cidades pela rede Accor, em Ibis, pelo Booking.
A compra das passagens aéreas foi na semana do Carnaval. Aí você pode questionar: “mas já tinha informações sobre o novo Coronavírus, porque compraram?” A verdade é que resolvemos arriscar. Se formos levar mesmo em conta, desde a virada do ano vinha acompanhando as notícias. Lembro de no dia 31 de dezembro mesmo, enviar para o meu irmão um tweet de uma agência de notícia sobre o comunicado da China para a OMS sobre uma nova doença.
Em fevereiro, pensamos que julho ainda estava longe e que se a doença chegasse ao Brasil, talvez no meio do ano isso estivesse resolvido. Sabe nada inocente, já dizia o compadre Washington. A decisão de adiar/cancelar a viagem veio agora em maio, no dia 20, após receber um e-mail de um dos hotéis, o de BH, cancelando a reserva pelo Booking. No dia anterior, eu completei 60 dias no isolamento social.
Escrevi antes adiar/cancelar porque ocorreram as duas coisas. Os cancelamentos foram das reservas de hotéis. Normalmente, faço reservas com possibilidade de cancelamento com alguns dias de antecedência, pois você nunca tem como fazer previsões, é sempre possível acontecer algum problema, às vezes é uma epidemia global. Na verdade fiz o cancelamento do hotel do Rio de Janeiro, pois o de BH, o cancelamento partiu do próprio hotel. Foi bastante tranquilo. No Booking pediram só para confirmar se era por conta da Covid-19. Logo em seguida recebi e-mails confirmando os dois cancelamentos.
A viagem em si, os voos foram adiados. Ainda em março, quando o Coronavírus começou a se alastrar pelo Brasil e começaram as medidas de contenção, recebi mensagens tanto da Decolar quanto da Latam, falando sobre remarcações de voos, mas pedindo que a prioridade fosse para quem tivesse viagens naquele período. No gerenciamento das compras na Decolar, havia a possibilidade de já remarcar o voo ou deixar os bilhetes em aberto. A opção foi por deixar em aberto e agora temos um ano (contando da data que seria o voo) para fazer a remarcação.
A ideia ainda é conhecer Minas e o Rio, mas por enquanto não dá pra ter certeza de quando e se isso será possível. Atualmente, além de jornalista sou professora e como não sabemos como será o desenrolar do ano letivo, assim como não dá para saber qual a abrangência e a duração da pandemia no Brasil, não tem como planejar nada.
O cenário é de muitas incertezas e de muitos questionamentos. Sem controlar a doença e achar um tratamento e vacina eficientes, viajar é algo que ficará para o futuro, o quão longe ele está não dá para prever.
Fotos: Destino Mundo Afora
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Uma pena está pandemia
Achamos que julho ainda estava longe e que se a doença chegasse ao Brasil, talvez no meio do ano isso estivesse resolvido. Sabe nada inocente,[…]
Creio que só acaba ano que vem, acredito também que vai ser aquelas vacinas anuais como a gripe